Educação e a Neurociência Cognitiva

"É crescente o interesse e o debate sobre a relação entre a Neurociência Cognitiva e a Educação, mas é necessário construir pontes entre estudantes, professores, pesquisadores e cientistas. A conexão entre a Neurociência e a Educação depende da capacitação de professores, treinamento de pesquisadores e colaboração. essas pontes - mecanismos concretos capazes de avançar no estudo da mente, do cérebro e da aprendizagem - beneficiarão tanto educadores quanto neurocientistas, os quais ganharão novas perspectivas para formular e responder as questões cruciais sobre o como o cérebro aprende." (ANSARI e COCH, 2006)

Meishin, the Mind Cage final art by Thomas Gianni

No artigo "Pontes sobre águas turbulentas: educação e neurociência cognitiva" de Daniel Ansari e Donna Coch, 2006, a educação é caracterizada como uma ciência essencialmente cognitiva, destacando que a oferta e a qualidade educacional entre as nações está relacionada ao sucesso econômico das nações.
Há um crescente interesse pela possibilidade da neurociência prover uma ponte para uma nova ciência da educação e da aprendizagem. uma conexão potencial seria a aplicação de técnicas diretamente em sala de aula, mas essa possibilidade se mostra insatisfatória e difícil na sua realização. Os diferentes mecanismos de laboratório e de sala de aula podem ser conectados, mas necessitam de mais engajamento, discussão e adaptação.

A neurociência trouxe promessas de prover avanços na educação e na aprendizagem, muitos estudos foram publicados a respeito de mudanças que o cérebro humano sofre durante a aprendizagem. Os processos de aprendizagem estão intrinsecamente ligados à mudanças cerebrais. entretanto, ainda não há clareza quanto de que forma seria possível integrar esses conhecimentos às políticas e práticas educacionais.

A mente, o cérebro e a educação (MBE) podem ser caracterizados através de múltiplas metodologias e níveis de análise em diversos contextos, tanto educacionais quanto de pesquisa.

Um dos mecanismos potenciais na construção dessas pontes é a formação de professores. Recentes estudos demonstram que a qualidade do professor está diretamente relacionado ao sucesso do aluno. Em geral, os professores não são treinados para ler e compreender literatura científica, nem recebem formação sobre o funcionamento cerebral e educação. Dessa forma, a formação inicial do professor precisa incluir conhecimentos básicos sobre o a estrutura e o funcionamento do cérebro humano.

Tal formação precisa envolver teoria e prática sobre o funcionamento da mente e do cérebro para a aprendizagem. Esse treinamento ajudaria a formar profissionais de educação capazes de pensar criticamente sobre descobertas científicas e aptos a formulares perguntas cruciais e motivarem mais pesquisas sobre como o funcionamento da mente e do cérebro influenciam a pedagogia.

materiais de pesquisa e educação
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Professor e pesquisador educacional
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Ciência da Mente, Cérebro, Educação e Aprendizagem
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Políticas educacionais
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O público e a Mídia

ampliar o alcance da pesquisa científica para a aplicação de conhecimentos nos processos de ensino/aprendizagem a fim de gerar conhecimentos e práticas para nortear políticas públicas.  melhor capacitação do professor para compreender como a mente o o cérebro (em estrutura e funcionamento) influenciam e se modificam através e para esses processos.

A comunicação entre educadores e pesquisadores deve ser bidirecional, por isso o termo "ponte".  os programas de neurociência precisam integrar as experiências de sala de aula e os neurocientistas precisam ser treinados para entender os processos educacionais. Da mesma forma, os métodos de neurociência devem ser integrados no treinamento do professor (incluindo conceitualizações e vocabulário daí a expressão "águas turbulentas, ou seja, falta uma linguagem comum entre a neurociência e a educação).

Trata-se da construção de um pensamento interdisciplinar pra a construção de pontes entre laboratórios e salas de aula capazes de interligar descobertas da ciência da educação com a pratica educacional e verificar sua eficácia em programas educacionais. 


Há notórios obstáculos e desafio na construção dessas pontes. Incluindo cenários e linguagem comum. Acredita-se que seja uma construção a longo prazo. As pontes para a integração precisam ser multidisciplinares e colaborativas a fim de trazer contribuições mensuráveis para as ciências da mente, do cérebro, da educação tanto para pesquisadores quanto para professores.  

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